Política

Cristina no apoio aos pré-candidatos

14/05/2024

Não é só em Guarapuava que a deputada estadual Cristina Silvestri (PP) vai colocar seu peso político nas eleições municipais deste ano. A parlamentar vem circulando por diversos municípios, numa ação coordenada para apoiar pré-candidatos a prefeito e vereadores. Todos estiveram com ela no pleito de 2022 – mas há alguns casos que não estiveram, e, mesmo assim, a parlamentar está ali, firme e forte, em respeito ao compromisso com a totalidade do grupo. A deputada está sendo requisitada em vários municípios. Ela colocou Guarapuava como uma de suas prioridades.

DESPERTAR DOS VEREADORES

Acordar cedo não tem sido problema para a maioria dos vereadores de Guarapuava, com o novo horário das sessões, a partir das 8 da matina. A readequação exigiu mais dos servidores, que precisam chegar bem antes e deixar a casa pronta. Em compensação, os vereadores conseguiram abrir mais tempo para organizar atividades fora do Legislativo, já pensando na reeleição.

AGENDA DOBRADA

O presidente da Câmara, vereador Pedro Moraes (MDB), diz que o novo horário dobrou sua rotina. Com a obrigação de atender demandas internas, que envolvem o cotidiano de despachos administrativos, reuniões individuais e em grupo com vereadores, mais a recepção de pessoas da comunidade, o expediente de Pedro Moraes invariavelmente vai até 22 horas, quando não ultrapassa. Nos fins de semana, a agenda sempre tem solenidades. Ele deixou os passeios de “bike” de lado e só lembra que gosta de ouvir funk quando está dirigindo.

NO ‘OU-OU”, CÂMARA LIGA AS ANTENAS

No vai e vem de políticos que uma hora se dizem pré-candidatos a prefeito, em outra, a prefeito, o famoso “ou-ou”, o grupo de vereadores que está na liderança da Câmara Municipal de Guarapuava também se achou no direito de recolher a tropa no quartel. Em conversas individuais, cada um manifesta o desejo de que a transição fosse mais estável, e agora fica o receio de que o grupo poderá desperdiçar energia que será necessária para o embate eleitoral que se avizinha.

FOGO DE PALHA?

No embalo do “ou-ou”, resta uma única certeza: haverá apenas um candidato a prefeito e um a vice-prefeito. Ninguém acredita numa divisão com mais candidaturas, entre os nomes que estão colocados.

SEDE AO POTE

Os “R$ 40 milhões do Lula” (recursos que serão destinados para o transporte coletivo em Guarapuava) deixaram transparente a divisão interna no PT Estadual. Numa proporção gritante. Cada tendência falando a mesma coisa, em campos diferentes. Para os petistas, é um “processo normal”, uma disputa do “jogo democrático”. Até admissível seria, em tese, quando o jogo é no campo das ideias. Mas, naquele caso, não é debate ideológico, e, sim, ação de governo. Amplos setores do partido avaliam que essa confusão mental, entre partido e governo, explica o bate-cabeça entre as lideranças nas hostes governamentais. Por extensão, a dificuldade de o governo Lula criar uma linguagem que una sua base e chegue à população.

BOLSONARO NA “APOSENTADORIA” DEFINITIVA

Agências de pesquisas fazem levantamento encomendado por setores ligados a Bolsonaro, para avaliar nomes alternativos ao do ex-presidente com potencial para enfrentar Lula em 2026. A mais recente aponta disputa acirrada entre a ex primeira-dama Michele Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ratinho Junior (PSD), governador do Paraná, aparece em terceiro lugar.

REDE BOLSONARO

O ex-presidente pode até sair da ribalta, em definitivo, por força da sentença judicial que o tornou inelegível, mas a estrutura bolsonarista continua em pé. Aqui e acolá. Todos entendem uma mensagem única: derrubar o governo Lula, seja pelas urnas, pelo que for possível. Um vídeo ou “card” que trafegue pela rede, de receita de remédio a “fake-news”, não importa o quê, será sempre entendido como conteúdo anti-Lula, assimilado e compartilhado.

ERROS E DESACERTOS

O PT não consegue a mesma capilaridade na militância digital por “escrúpulos” ortodoxos (reputam que o universo digital é coisa de capitalista) e, principalmente, porque fundamentou sua linha na comunicação governamental que, até agora, não tem linha nenhuma. Não tem apelo popular. Além disso, o governo opera o milionário marketing estatal entre as grandes redes de comunicação – as mesmas que ajudaram a derrubar Dilma Roussef e a colocar Lula na prisão. Age como refém do sistema, entre os que não hesitarão a optar por outra via, que não se mostre tão “radical” quanto o bolsonarismo, muito menos os “xiitas” mais à esquerda do PT, que conspiram a todo momento contra a tendência pró-centro exercitada pelo presidente Lula. Se o governo Lula sai dessa estrutura de centro, a estrutura o abandona. Enquanto isso, o “purismo” petista acredita que, em algum momento, essa estrutura lhe estenderá as mãos, e permanece imóvel, com os mesmos métodos anteriores ao bolsonarismo. Se for para acontecer, é porque do outro lado há uma rejeição incorrigível, situação que estabelece o seguinte parâmetro: só vai, por erro do outro; se depender do seu acerto, vai ter que deixar de errar agora. Isto vale para todo mundo.

HÁ CONTROVÉRSIAS

Juntando todos os partidos, quanto vem do fundo partidário para Guarapuava?

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